Nem um pedaço de céu azul. As nuvens cinzas se espalhavam uniformes até o horizonte. No gramado, o gato branco sentia as gotículas finas como poeira se colocarem a esmo sobre seu pêlo aveludado. E devagar, ritmado como só um gato é capaz, entorpecido pela sensação, ele se esgueira para baixo de tábuas encostadas no beiral da casa.
No vidro da janela, gotas maiores começam a deslizar, limpando a sujeira em riscos verticais. No sofá, uma criança começa a bocejar. De repente parece que a chuva pára. A criança rola para o lado, abre o olho, insone.
Do outro lado de um outro lugar, um pretume assume o firmamento que cobre um parque. O sol correu como uma bola de futebol e nada mais se viu que remetesse a ele. Nuvens grossas e negras se prostraram definitivas. Os visitantes, os mais temerosos, correram se abrigar antes que tudo acontecesse, enquanto os mais aventureiros se aninhavam feito pássaros na hora de dormir, em ninhos improvisados por ali mesmo. Essa chuva que estava vindo era das feias. Ela veio e desaguou formando pequenos riachos e correntezas provisórios. Nos carros ao redor do parque, crianças e adultos experimentavam o torpor. Na grama dormiam os pássaros desajustados.
Em um outro extremo de outro espaço, atletas esguios foram surpreendidos durante uma longa maratona pelo erro da meteorologia, que teria dito que a tempestade só viria depois da corrida terminada, agora estão lá estatelados sobre o asfalto em profunda modorra.
Aliás, nesses tempos, a meteorologia detém importância única. Aqueles que não querem ser apanhados sem guarda-chuvas e capas impermeáveis no meio da rua, devem estar atentos e inexoravelmente informados. Ou o sono vai chegar.
Ninguém sabe ao certo quando tudo começou. Foi tarde o momento em que todos se deram conta. Tempestades de sono caiam sobre a Terra.
Como de costume só com o sol se consegue levantar, mas não é mais como de costume só dormir quando a noite chega.
Tudo mudou e os raios mais fortes avisam pesadelos sendo constituídos. Nenhuma alma está segura da letargia quando a chuva começa a tilintar no telhado. O que antes parecia água, agora são devaneios do profundo sonho humano.
No vidro da janela, gotas maiores começam a deslizar, limpando a sujeira em riscos verticais. No sofá, uma criança começa a bocejar. De repente parece que a chuva pára. A criança rola para o lado, abre o olho, insone.
Do outro lado de um outro lugar, um pretume assume o firmamento que cobre um parque. O sol correu como uma bola de futebol e nada mais se viu que remetesse a ele. Nuvens grossas e negras se prostraram definitivas. Os visitantes, os mais temerosos, correram se abrigar antes que tudo acontecesse, enquanto os mais aventureiros se aninhavam feito pássaros na hora de dormir, em ninhos improvisados por ali mesmo. Essa chuva que estava vindo era das feias. Ela veio e desaguou formando pequenos riachos e correntezas provisórios. Nos carros ao redor do parque, crianças e adultos experimentavam o torpor. Na grama dormiam os pássaros desajustados.
Em um outro extremo de outro espaço, atletas esguios foram surpreendidos durante uma longa maratona pelo erro da meteorologia, que teria dito que a tempestade só viria depois da corrida terminada, agora estão lá estatelados sobre o asfalto em profunda modorra.
Aliás, nesses tempos, a meteorologia detém importância única. Aqueles que não querem ser apanhados sem guarda-chuvas e capas impermeáveis no meio da rua, devem estar atentos e inexoravelmente informados. Ou o sono vai chegar.
Ninguém sabe ao certo quando tudo começou. Foi tarde o momento em que todos se deram conta. Tempestades de sono caiam sobre a Terra.
Como de costume só com o sol se consegue levantar, mas não é mais como de costume só dormir quando a noite chega.
Tudo mudou e os raios mais fortes avisam pesadelos sendo constituídos. Nenhuma alma está segura da letargia quando a chuva começa a tilintar no telhado. O que antes parecia água, agora são devaneios do profundo sonho humano.
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