Silêncio, querida. Seus pés arrastam havaianas vermelhas, colares de flores me irritam e os passos hula-hula soam engraçados aos meus olhos. Tomei aquelas duas pílulas que você me deu e a dor não passa. Silêncio, querida. Já há algumas horas não quero mais saber de seus vestidos de veraneio. De seus olhos rasgados, de suas tentativas de chamar a atenção. Troque o que você me observa pelas ondas gigantes do mar. Desejo o melhor para você, que as ondas arrebentem nos seus pés, que as lavas dos vulcões em eterna erupção te engulam e você não dance mais. Suja de água salgada você sentirá melhor o meu sal, suja de fogo você sentirá melhor o que eu sinto. Vá para o mar agora, onde a lava empedra em silêncio absoluto. Silêncio, querida.
Um comentário:
arrepio.
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