Tão dramático pintar as unhas de preto para um adeus bobo e melancólico. Deveria ter maquinado algo menos estúpido e esquecer isso, deixar para lá, como um poema ruim lido pela metade. Tenho a cabeça abaixada e as mãos trêmulas, vejo o seu vulto passar pela janela, a mochila esvoaçando sua pressa como uma única asa que sobrou da luta. Vermelha. Leve daqui seus cremes, suas canetas e estiletes. Desisto de unhas pintadas e arranho o peito, deixando marcas.
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