segunda-feira, 20 de maio de 2013
nos dias que atravesso o quintal de sua casa
piso na seiva
com a força de um formigueiro
sujando as meias
com torrões do seu corpo inteiro
pés de chá crescem
e enrolam até os joelhos
vestem meus passos
descalçam seu cheiro
com a mão na terra
arranco esmeraldas
que alimentarão meus dias
e os fins de madrugada
presa, sufocada
com essas pedras furando por dentro
morro ali estirada
na grama do meu enterro
depois de morta
lembro
como quem não quer nada
que seus olhos são tão verdes
( como uma cilada )
quinta-feira, 16 de maio de 2013
terça-feira, 14 de maio de 2013
Incêndio
O corredor fechado assombra um vento
extinguindo pegadas a esmo
das vigas de um teto vermelho
e espalha na direção contrária
zumbidos, gritos e árias
sobre escadas, corpos e cinzeiros
um mar de luz enlouquece a vista
na distância entre andares, jatos e vilas
o medo que cai sobre a sina
de estar só
e desmaiar
intacto
sobre este pó
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