piso na seiva
com a força de um formigueiro
sujando as meias
com torrões do seu corpo inteiro
pés de chá crescem
e enrolam até os joelhos
vestem meus passos
descalçam seu cheiro
com a mão na terra
arranco esmeraldas
que alimentarão meus dias
e os fins de madrugada
presa, sufocada
com essas pedras furando por dentro
morro ali estirada
na grama do meu enterro
depois de morta
lembro
como quem não quer nada
que seus olhos são tão verdes
( como uma cilada )
Nossa ♥
ResponderExcluirQueria até achar um comentário decente para fazer em seus textos moça, mas praticamente todas as coisas que conseguiria dizer são os clichês que todo os outros dizem... Entretanto seus poemas são deveras maravilhosos.
ResponderExcluirQuase dez anos separam um comentário do outro, e a única coisa que permanece é o quão sem ar esse poema me deixa.
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