segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A soleira da porta.




Ele arrebenta minha cara quando chega. Eu tinha comprado o perfume, o pijama, os copos azuis, balas, baixado filmes, comprado congelados, escrito o nome dele nos vãos da porta, nas folhas das plantas, no cinzeiro, na lente do meu óculos, na borra do café, no sabonete, nos relógio de parede, atrás do meu joelho. E ele arrebentou minha cara quando chegou. Eu não estou mais em casa, nem no mundo escrevendo. Maldigo o dia que ele não me encontra sentada na soleira da porta de sapatos novos. E arrebenta minha cara de desprezo.

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