terça-feira, 25 de maio de 2010

com os gatos

Você pressiona os olhos, um castanho e o outro áspero. Ouvi seu esgar de voz rouca e ninguém assinalou nenhum som que mudasse a rota do planeta, feito uma mente genial em posição de ataque, conduzindo teorias, filmes e poemas extraordinários. Peça, sim, licença pelas artimanhas, pois perdões não aumentam o sentimento mais perdido e incauto.
A sua sinceridade fosca flecha gatos no coração, enquanto eles andam com elegância e peito aberto, procurando amor e espinhas de peixe em latas de lixo adornadas de diamantes falsos. Não se engane, ninguém cogita tamanha busca por becos escuros e vielas.

Seja ainda assim, cruel. Porque não aconselho ninguém a se desfazer de tudo o que ainda lhe sobra.

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